terça-feira, 30 de agosto de 2016

Os filhos dos outros

Até a minha sobrinha nascer, eu fazia parte daquele grupo de quem não tem filhos:
"Se alguma vez um filho meu faria isto!"
"Precisa de umas palmadas e não as leva, essa é que é essa!"
"Vê-se mesmo que o deixam fazer tudo!"

Etc, etc, etc. 
Não tenho filhos, mas tenho uma sobrinha com uma personalidade muito vincada e ainda nem cinco anos fez. E não me venham com a teoria de que não é personalidade, é falta de limites. É mentira. Tem limites, tem educação, dizem-lhe não, põem-na de castigo e existem palmadas quando necessário. E ela continua sempre e sempre a testar a nossa paciência, a impor o seu ponto de vista, a sua vontade, a sua exigência. 
Para muito boa gente que não tem filhos nem sobrinhos nem primos pequenos com quem lide diariamente, e faz parte do clã "Havia de ser meu filho!", novidade das novidades: ou vocês viram nazis quando forem pais ou têm sorte do puto vir a ser um ser humano super pacato porque de resto, esqueçam, crianças vão ser sempre crianças, em casa ou no centro comercial, com a mãe ou com o pai e intransigência em demasia não vos vai levar a lado nenhum.

Desenganem-se que os filhos dos outros é que fazem birras, agem mal, fazem asneiras. Não são só os filhos dos outros. Os vossos também fazem / irão fazer, muito provavelmente. Os meus também - e quando isso acontecer, Deus me ajude e me ilumine para dar sempre o meu melhor!

7 comentários:

  1. Concordo contigo, tenho um priminho também com uma personalidade muito vincada e quando está naqueles momentos/dias de birra, não há nada que os pais/tios/primos possam fazer para conseguir meter ordem naquilo. Há dias e dias. E até nós temos esses dias rabujentos.

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  2. Todos fazem birras... Mas que ha miudos que exageram e que continuo achar que é falta de educação dos pais é. Hoje em dia os pais não perdem o tempo suficiente com os filhos. Beijinho

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  3. E por ser mãe galinha a 100%, não posso deixar de mencionar umas palavrinhas.
    Digam o que quiserem, façam como quiserem o que é certo ou errado, é um tanto ao quanto subjectivo, ou seja sou criticada porque não dou açoites ao meu filho e então...? Existem outras formas de fazê-lo ver que agiu mal, apesar de inúmeras vezes tirar-me do sério e quando afirmo é mesmo levar-me ao limite, isto porque o seu feitio de Leão é muitíssimo vincado, orgulho,teimoso por demais .
    Além de estar naquela idade adolescente é ele é que sabe, quer impôr-se e se lhe der aso até já manda; Olaaaá...
    Sinceramente, só me apetece abana-lo de maneira que consiga-me escutar e entender que o mundo não gira á sua volta ,
    que ele tem 13 e eu 38 ,logo eu já vivi, assisti, aprendi e tenho experiência suficiente para fazê-lo descer á terra que está errado, que agiu mal e que não é só receber que também tem que dar para ter o retorno.
    Portanto que coloque os pézinhos bem assentes no chão, caso contrário poderá voar para lugares onde não gosta, que é ficar enfiado no quarto sem ter acesso a "Rien" nem TV , nem PSP , nem Telemóvel ou não fazer o que mais gosta a sua actividade ,jogar futebol e aí sim ,faz uma reflexão, conversa com o seu interior ou não e gere as emoções á medida que quiser.Porque acreditem ou não o castigo dói mais do que uma valente palmada, isso na minha visão, visto não ser apologista de bater e afins...
    Considero que ,assim faço chegar a minha informação e que o meu conselho de mãe é de amiga que é necessário dizer "Não" Uma,Duas ou as vezes necessárias...
    Preferível mil vezes chorar ele agora e hoje, do que eu amanhã e sem duvidas que é.
    Só para rematar nem sempre os pais têm a responsabilidade dos actos dos seus filhos.
    Quantas famílias, quantas mães educam os filhos da mesma maneira e eles seguem caminhos diferentes...? Quantas???
    As escolhas são deles e não podemos cupabilizar sempre os pais.
    Aguardo feedback quando fores mãe. Até lá...

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  4. como dizia a minha avó «quem filhos não tem, cada dia mata cem!»

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  5. Eu faço parte desse grupo do 'se fosse meu filho...'! Mas acredito que educar uma criança, principalmente nos tempos que correm, é uma tarefa hercúlea!

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  6. Para mim tudo parte do berço... claro que as bases constroem-se em casa, mas a educação não parte só de casa, mas de todo um mundo que nos rodeia!

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  7. Partilho de algumas opiniões aqui "dadas", contudo é porque agora já faço parte desse grupo, espero conseguir "impor" métodos e maneiras de estar e comportamentos, ao meu filho, que agora pode tudo e faz o que quer, pois tem 2 meses ainda!
    Mas, admito que seja muito difícil e quase impossível, impor a nossa vontade e maneira de estar, mas tem que ser a todo o custo e sacrifícios tem que ser feitos.
    Como se costuma dizer..."pela boca morre o peixe", mas este não quer ser pescado!
    Ritinha, espero que possas incutir os teus valores e forma de estar na vida, à tua sobrinha, pois só tem, que reconhecer a grande Tia que tem!!! Um grande beijinho e grande artigo!
    O teu "grande" amigo PP
    ;)

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