Ainda só ouvi falar maravilhas sobre a Limonada da Beyoncé - quase tudo gajas a aplaudir o movimento girlpower. Apesar de fazer parte das pessoas que aplaude e bem de pé tudo o que evoca a força da mulher, fiquei muito pensativa quando li este texto que vou partilhar convosco, d'A Gaja (não sei se já conhecem). Ora leiam com atenção:
"AGUENTA E NÃO CHORA, BEYONCÉ
Bey lançou um novo album,
Lemonade, e o mundo ficou histérico. Metade desse álbum é a zurzir no
marido que, alegadamente, lhe terá posto vários pares de cornos, entre
os quais com uma tal de "Becky" que será uma estilista chamada Rachel
Roy. Beyoncé insulta Jay Z, queixa-se do marido, das amantes do
marido, e "agarrem-me senão eu vou-me a elas". Tacos de basebol para
ali, ameaças para acolá, tudo misturado com aquele pseudofeminismo de
pacotilha, "eu e as minhas badass bitches contra o mundo". Depois chega-se ao fim e, afinal, a Beyoncé perdoa o marido. Tanta
converseta, tanto girl power e ameaças de porrada e, pronto, fica tudo
em bem porque afinal, apesar do peso na cabeça, eles amam-se muito.
Tou-me a cagar para a Beyoncé. Nem sequer é uma artista que aprecie
particularmente. O que me encanita é a pretensão a que a rapariga se
presta, ao anunciar-se feminista. Podia limitar-se a cantar e a dançar
(coisas na qual é efetivamente boa)...mas não. E é aí que borra a
pintura. Neste novo álbum, a mensagem que Bey passa aos milhões
de mulheres que a idolatram é: "hey girl, se o teu macho te bota os
cornos, a culpa não é dele! A culpa é das quengas que ele anda a montar!
Por isso bota a ameaçar as quengas! Mas, no fim, perdoas o teu macho
porque, no fundo, tu queres é ser uma sopeira fada do lar, bem
comportada e mansinha". Já para não falar da postura utilitária
que a Bey tem com as suas girls. Quando está chateada com o boy, é my
bitches para aqui, girl power para acolá. Quando o gajo se farta de
andar a cheirar a pussy alheia para voltar à xaroca-mãe, que se fodam as
amigas, eu quero é ficar em casa a fazer um panelão de feijoada para o
meu hóme.
Perdoar uma, ou várias, traições é uma opção como outra
qualquer. Mas depois do perdão, é preciso viver com isso. E sobretudo é
desonesto andar a atirar à cara da outra pessoa que somos muito
bonzinhos e espectaculares porque, apesar dos chifres, perdoámos.
Isso sim, é ser uma lady. O resto é só fogo de vista."
Meninas, qual a vossa opinião?
Muito bom! Tal e qual o que penso... conversa de feminista e girl power para aqui e para acolá e vai-se a ver... não há power nenhum.
ResponderEliminarSe, por um lado, concordo com cada palavra que foi escrita nesse texto, por outro, acredito que seja difícil desligar a 100% da pessoa que amamos e com quem já constituímos família. Sinceramente, o movimento girl power parece ter-se tornado numa moda e chega a ser demasiado forçado. Porque, no final, é precisamente isso que se vê: somos todas muito capazes e independentes mas raramente vivemos sem o homem que nos faz suspirar...
ResponderEliminarJá ouvi o álbum mas ainda não vi o filme!! Sinceramente nem sequer me ocorreu esta 'versão' da história!
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