Adorava vir aqui e dizer "Malta, é agora, é hoje que venho dizer-vos que estou oficialmente de regresso!". Eu adorava mas não vejo forma de isso vir a acontecer, mas mesmo. O tempo é contado, a vontade diminuiu e eu aos poucos vou-me distanciando da pessoa que era e não há muito tempo.
A vida muda, o ritmo, o tempo, a paciência muda. E eu mudei. E é super interessante perceber isso, perceber que cresci e que tenho vontade de crescer cada vez mais. Também ando a aprender que as lágrimas fazem parte desse crescimento, por muita vontade que eu quisesse de ter aquela atitude:
Não consigo e aliás, mais adianto que creio que nunca vou conseguir. Muita gente diz para não sermos uma árvore, com raízes. Mas eu tenho e tenho muitas mesmo, daquelas que levantam o alcatrão das estradas. Eu gosto das minhas raízes; ainda que me prendam, elas também servem de lembrete para não me esquecer de onde venho, de como cheguei aqui e de tudo o que me pertence.
O dom da escrita [refiro-me ao dom de gostar de escrever, independentemente do meu estilo agradar ou não] pertence-me e sempre me pertenceu. Mas neste momento está arquivado. Eu não queria usar a desculpa clichê da falta de tempo mas sendo absolutamente honesta, o meu tempo é escasso e eu neste momento gasto-o mais na realidade das minhas ações do que na virtualidade da minha escrita.