quarta-feira, 3 de outubro de 2018

Livros | O Ressurgir Dos Eternos Titãs

Eu já confessei que este ano estou uma miséria no que toca a leitura de livros e em vez de escolher livros mais pequenos ou de leitura mais fácil, não, continuo a escolher livros que me obriguem a pensar, que ponham até em causa se percebi bem ou se estou bem inteirada do rumo da história. Foi o que me aconteceu ao longo destas mais de 500 páginas do livro "O Ressurgir dos Eternos Titãs", uma obra amavelmente enviada pela Chiado Editora


Comecei-o a ler ainda não fazia calor mas foi exatamente nas minhas idas à praia que mais investi nele, acabando por lhe dar mais atenção, prendendo, por fim, toda a minha atenção, interesse e curiosidade! É um livro que requer muita atenção ao inicio (ainda que tenha várias árvores genealógicas para nos orientar tal são as inúmeras personagens) e foi isso onde falhei: não lhe dei a devida atenção ao inicio e acebei por cair naquele momento em que pousamos um livro na mesa de cabeceira sem data de regresso. Mas eu sou mais teimosa que a minha falta de vontade [às vezes, vá], por isso voltei a investir nele. E espamem-se que no final ainda me caiu uma lágrima. 

A história? Não tenho capacidade para resumir enredo tão complexo mas como se fosse uma laranja muito bem espremida, digo-vos que a história ocorre num lugar chamado Gémeos Indomáveis onde homens e mulheres vivem sobre a forma humana mas muitos deles tendo dentro de si um titã - consoante as suas gerações anteriores - mas sem nunca o conseguir libertar. Conforme a guerra surge a passos largos por todo o império, por muitos lideres ambicionarem a liderança máxima dos Gémeos Indomáveis, cada povo vai tentando aliar-se a quem considera ser o seu melhor protetor e melhor aliança. 

Mas nem todos têm coragem de se aliar à mais temível criatura falada em todo o império… Maximiliano Von Rimmer, acusado de em criança ter comido uma das suas irmãs. Este é um dos personagens principais [para não dizer o principal mesmo] e é alguém que nos irrita, nos mete medo, nojo até e no entanto, ainda conseguimos sentir alguma piedade. Em várias partes do livro temos vontade de fechá-lo para conseguir engolir o que acabamos de ler, por ser tão mau, por ser tão pecaminoso, maldoso e por nos sentirmos tão vivos dentro da história.

O que é maravilhoso! Se ao início pensei em desistir do livro, fico muito contente por ter tido coragem de o agarrar novamente mas com olhos de ver - e de ler! Já vos aconteceu algo do género? Desistirem ao incio de uma leitura e acabarem presos ao livro, após uma segunda tentativa?

8 comentários:

  1. Já me aconteceu com o Labirinto dos Espíritos, do Carlos Ruiz Zafon, esteve uma vida na mesinha de cabeceira depois de começado (o que nem é hábito, porque eu devoro os livros), porque parecia que não interiorizava o que lia! Mas chegou uma altura em que lhe voltei a pegar e foi a correr até ao fim :) esse que falas não conheço, mas despertou-me curiosidade, parece uma história interessante.

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    1. Já tentei ler Carlos Ruiz Zafron e desisto sempre. Tá na altura de voltar a tentar!!

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  2. Por acaso não conheço mas parece ser interessante. Este ano também ando muito mal no que a leituras diz respeito, a ver se recupero.

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    1. Ai e eu que o diga, ando mesmo mal nas leituras mas vá, estou a tentar recuperar o tempo perdido!

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  3. Aconteceu-me com Sombras de Inverno (julgo que não me estou a enganar no nome) e foi um dos melhores livros que já li.

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    1. Não conheço o livro mas ainda bem que te surpreendeu!

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  4. Já está na minha lista à muito tempo, tenho de lhe dar uma oportunidade.

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